sábado, 17 de novembro de 2012

Por que cometemos erros?

           Durante a minha jornada de palestrante, na semana em que realizava a SIPAT na empresa ALUBAR, na Vila dos Cabanos, levei como tema 

POR QUE ERRAMOS? UMA REELEITURA DA SEGURANÇA.

           Foram momentos de reflexão e de esclarecimentos.
           Não vemos tudo o que observamos e mesmo assim, às vezes, “vemos” coisas que não sabemos que vimos. Podemos julgar a honestidade ou a agradabilidade de uma pessoa num piscar de olho, por exemplo, mas não conseguimos perceber a mudança da identidade da pessoa carregando uma porta e passando na nossa frente. Nossas decisões, mesmo acerca de temas importantes, como a vida e a morte, podem ser influenciadas e sugestionadas não apenas pelas opções que nos são apresentados, mas também pela maneira como são apresentadas. Somos tremendamente influenciados pelas primeiras impressões, por mais que tentemos não ser, e temos uma forte aversão a ler e seguir instruções, preferindo em vez disso, seguir nossa própria instrução sobre como uma coisa pode ou deveria funcionar.
           Entre alguns psicólogos vem despontando o consenso de que o processo humano de tomada e decisões operam em dois níveis – um mais racional, outro mais visceral -, e os dois são constantemente alternados, como os faróis de um automóvel revezando-se entre a luz alta e luz baixa. Muitos de nossos erros parecem ocorrer quando estamos operando numa condição, mas achamos estar operando em outra. Podemos pensar, por exemplo, que a nossa decisão de fazer um empréstimo bancário foi ditada apenas por considerações de ordem financeira, mas depois descobrimos ter sido influenciado pela fotografia de uma mulher bonita. Ou podemos votar num político depois de passar horas acompanhando a cobertura da campanha na TV, apenas para constatar que nossa opinião sobre a competência do candidato foi formada num piscar de olhos.
           Se essa concepção estiver correta, ela ajuda a explicar por que certos tipos de comportamentos propensos aos erros são tão difíceis de eliminar: achamos que estamos sendo racionais quando na verdade estamos sendo viscerais, e vice-versa. Quando cometemos de fato um erro, quase sempre acabamos culpando a causa errada (“Por que fiz um empréstimo mesmo com uma taxa de juros tão alta? Devo ter errado nos cálculos...”). Não aprendemos com a experiência, porque não sabemos ao certo qual experiência pode nos ensinar alguma coisa.
           Para piorar ainda as coisas, estudos sobre crianças e adultos mostram que  uma grande porcentagem de pessoas não consegue tolerar erros. Isso vale particularmente para as que acreditam que a inteligência é fixa e não pode mudar; a seus olhos, o erro é um reflexo de sua inteligência, e assim, mas, como consequência, evitar o aprendizado a partir dos erros. Para muitos de nós, essa tendência não melhora com a idade. Quanto mais velhos vamos ficando, mais “tomamos posse” da verdade e achamos que sempre temos razão, tanto em casa quanto no trabalho. E quando temos razão (e não nos esqueçamos, isso acontece bastante), estamos inclinados a atribuir nossa correção à nossa habilidade no que quer seja; mas quando estamos errados – aí atribuímos o erro ao acaso.
           Assim, é preciso reconhecer e entender nossos erros e por o estamos fazendo. Quando pararmos para pensar e orientarmos nossos colaboradores, com certeza os acidentes no trabalho irão diminuir.



Maria Lúcia Batista Conrado Martins

O fenômeno da preguiça social no trabalho em equipe

           Ninguém responderia ao certo por que um time de futebol tem 11 jogadores. Mas há um século já se sabe: o número de participantes de uma equipe afeta diretamente seu desempenho. Em 1913, um engenheiro francês Maximiliem  realizou um experimento com um cabo de guerra,mostrando que as pessoas se esforçavam menos quando o número de participantes de sua equipe aumentava. Para o Maximiliem, grupos maiores se mostravam menos eficientes por causa de processos interpessoais que prejudicavam seu desempenho, como a falta de motivação e problemas de coordenação.
        Na década de 70, o cientista americano Alan Ingham, da Universidade de Massachusetts Amherst fez uma variação do experimento de Maximiliem. Em uma equipe de seis pessoas, três eram assistentes que apenas fingiam puxar a corda. Constatou que as outras três não aumentaram seu esforço. Sua conclusão: diferentemente do que supunha Maximiliem, o esforço menor não se explicava por problemas de coordenação, mas pela “PREGUIÇA SOCIAL” – quando integrantes de uma equipe reduzem seus esforços Por não se considerarem tão responsáveis pelo resultado.
           Nestes casos sugiro algumas medidas para combater a PREGUIÇA SOCIAL:


1.    Divida uma tarefa complexa em pedaços administráveis e os delegue a cada membro da equipe;
2.    Crie um senso de urgência sem dar espaço para que os integrantes da equipe se distraíam;
3.    Fazer os membros mais fracos da equipe se sentirem desproporcionalmente responsáveis pelos resultados, o chamado efeito Kohler, quando o desempenho aumenta diante de comparações desfavoráveis;
4.    Enfim, adote maior transparência, abrindo seu mecanismo de FEEDBACKS para que as equipes saibam exatamente o que estão conseguindo.
           Não estou fazendo apologia a redução de integrantes de uma equipe, pois nem sempre é possível enxugar equipes, mas podemos refletir com base em pesquisas feitas que as pessoas são mais produtivas em equipes menores, de quatro membros em média. Que tal começarmos a assistir jogos esportivos, como por exemplo, futebol e aprendermos suas lições para o mundo do negócios? Dividindo e responsabilizando.
Parafraseando o Professor Mark de Rond – HÁ UM EU NO TIME.


Maria Lúcia Batista Conrado Martins

domingo, 1 de abril de 2012

Para Pessoas Especiais que farão a Diferença


        Boa noite queridos Administradores e Administradoras!
        Primeiramente quero agradecer pela grande homenagem que estão fazendo para mim. São razões como esta que me faz ter certeza do quanto me orgulho de ser professora. Principalmente quantos em nossas vidas somos agraciados por alunos e alunas como vocês.
Alguém disse a Cecília Meireles, uma grande poetiza, que é preciso aprender a olhar para poder ver as coisas que aparentemente não existem. Estas coisas que aparentemente não existem são aquelas que somente o coração percebe e vê. Um administrador precisa permitir que o seu coração fale e apresente caminhos iluminados pela voz da esperança e do amor. Caso contrário não valerá a pena.
        Amor: a palavra de ordem para a conquista do mundo, da sua rua, da sua casa, da sua empresa. Mas um amor responsável, que acredita no ser humano como agente transformador capaz de construir uma caminhada histórica e necessária para uma sociedade mais justa e querida.
        Nunca se esqueçam de Deus em sua trajetória, pois será através dele que vocês conhecerão a certeza ética, a conduta adequada, a visão coerente e a certeza da vitória. Será através Dele que permitirá a sua confirmação em sua família e a aceitação da paz como estratégia para o crescimento. Lembrem-se da família nascemos e para a família voltamos. Somente valorizando-a poderemos permitir ao nosso coração fazer o que lhe é destino. Hoje neste grande dia, foram eles os principais convidados. Sabem por quê? Porque é na família que buscamos nossa referência como profissional.
        Somos administradores de sonhos, de alegrias, de conflitos, de esperanças, de vida. Muitas pessoas dependerão do seu SIM, do seu não, da sua capacidade de manter firme o caminho que têm para viver e sentir o valor da dignidade.
        Nunca permita “Deixe a vida me levar, vida leva eu...” pois a vida é para ser vivida, com responsabilidade e com a certeza de que podemos ser o que queremos ser. Só dependerá da direção que definirmos e fazermos por construir. Um administrador traz a insígnia de herói, mas não somos. Somos humanos sem super poderes, mas com a força capaz de mudar o mundo. Somos humanos que administramos com as nossas limitações, contradições, dúvidas, medos, ansiedades e incertezas.
        Lembro-me agora de uma estrofe do Soneto de Separação que dedico a vocês:
        De repente do riso fez-se o pranto
        Silencioso e branco como a bruma
        E das bocas unidas fez-se a espuma
        E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

        Fez-se do amigo próximo, distante
        Fez-se da vida uma aventura errante
        De repente, não mais que de repente.
        Hoje a alegria se veste de despedida, por mais que queiramos que seja eterna. Mas este momento se faz necessário para o crescimento de vocês e de nós professores. Peço desculpas pelos momentos em que as aulas foram difíceis e incompreensíveis, pelos momentos de solidão das dúvidas, pelos momentos de desencontros e conflitos inevitáveis do processo de ensino e aprendizagem. Mas mesmo assim, tenham a certeza que tentei fazer o melhor. E hoje aos vê-los aqui, tenho certeza que consegui. Estou feliz por ter vivido com vocês momentos de grande aprendizado de amor, persistência, luta dedicação e fortaleza.
        Aos familiares aqui presentes, sintam imensamente felizes, pois do seu lado está o maior exemplo de luta e coragem. Aproveito para dar-lhes parabéns. Aos colegas de cadeira, presentes nesta maravilhosa cerimônia sintam orgulho, pois estes farão a diferença no mercado. A UNIP, representada aqui por ­­­­­­­­­­­­­­­­­Carla Cristina, a crença de que seus objetivos estão sendo alcançados, pois o nome desta universidade será defendida pelas habilidades e competências destes alunos e alunas.
        Despeço de vocês no compromisso de manter as portas do meu coração sempre aberta, o meu conhecimento disponível, a minha amizade sempre atenta e a coragem compartilhada pelo compromisso com a felicidade.
        Como cantou Gonzaquinha em sua música: Nunca Pare de Sonhar


        Não se desespere, nem pare de sonhar
        Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
        Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
        Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
        Nós podemos tudo, nós podemos mais
        Vamos lá fazer o que virá.
     Sejam felizes sempre, sejam corajosos sempre, seja aquilo que sonharam quando escolheram caminhar e avançar academicamente. Deus estará com vocês e está é a sua maior certeza que tudo dará certo.
     Obrigada! Amo de verdade vocês.
     Maria Lúcia Batista Conrado Martins
Profa. Msc. Maria Lúcia Batista Conrado Martins

Para não dizer que não falei de vencedoras!


               Vencedoras é a palavra que defino o grupo em que eu tive a oportunidade de conviver em uma oficina, ministrada por mim,  para Professoras de Educação Infantil, na Vila dos Cabanos. Uma Escola que tem um nome muito interessante: Escola Municipal Gotinha de Luz. Nome que representa o que senti daquele grupo que  despertou-me  por terem ideais, por terem vontades, por acreditarem no futuro, por existirem a partir do desejo do outro. A dedicação, a preocupação com a vida das crianças, seu bem-estar, suas limitações e circunstâncias transformam a possibilidade em verdades e as oportunidades em chances reais de conquistas.
                Foram momentos de reflexão e construção de um aporte de informações em que estudamos o Desenvolvimento Infantil de 2 a 5 anos, como aprendem, como é construído o Eu e o outro, como é lido o mundo, como compreendem as relações, enfim, quem é esta criança que  chega para as nossas mãos e talvez, sua única opção de uma vida melhor.
               Estes educadores, amigos do saber, companheiros dos sonhos, parceiros da realidade, lutadores por uma energia capaz de transformar o inacreditável, de redesenhar um caminho já traçado por obstáculos, senhoras capazes de mudar destino pelo coração e sabedoria, trazem lições para todas as profissões e descrentes de um mundo melhor.
               Um dos sintomas de estar vivo é a nossa capacidade de desejar e de nos apaixonar, amar  e construir. Quando nos despertamos para a vida, junto a ela, vem para nós a idéia do outro e a consonância com o nosso Eu. Estes sentimentos se confirmam e crescem ao longo de nossas conquistas e muitas vezes derrotas. E vários são nossos aprendizados:
               Para escutar, não basta só ter ouvidos. Escutar envolve receber o ponto de vista do outro, abrir-se para o entendimento de sua hipótese, identificar-se com sua hipótese, para a compreensão do seu desejo.
               Para falar, não basta ter boca, é necessário ter um desejo para comunicar; pois todo o desejo pede, busca comunicação com  o outro. Também todo desejo é o desejo do outro. É o outro que me impele a desejar ...
                É na fala de cada educador, na sua expressão, vivida e falada, confirmada pelas angústias e expressões de desejo, que estes educadores de Educação Infantil da Escola Municipal Gotinha de Luz,, mostraram seus sonhos, suas criações, suas buscas permanente da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais viva, mais feliz e mais saudável.
               Gotinha de Luz, um nome que reflete a Luz que emana em gotas nos corações de todos aqueles que têm a sorte de conviver com este grupo amigo, carinhoso, competente, sensível e principalmente Gente. Gente que educa Gente, que ensina Gente, que pensa como Gente que ama e constrói Gente que fará a diferença.
               A  mim, meus agradecimentos que fizeram do meu dia, uma leitura e uma confirmação: Vale a pena ser educador, vale a pena fazer parte deste grupo, vale a pena ser um par, vale  a pena saber que vocês existem e sonham.
               Muito Obrigada!
Maria Lúcia Batista Conrado Martins

Uma Homenagem para os maiores e futuros profissionais de todos os tempos

Boa noite Administradores e Administradoras!
É uma emoção indescritível viver um momento como este na condição em que estou: como paraninfa da turma. Não sei se mereço esta homenagem, mas sei que posso me orgulhar do reconhecimento da turma por minha vontade de participar da vida de vocês, de construir junto um caminho de crescimento e vitória.
Quando estava escrevendo estas palavras, a história da minha vida se fez presente e eu sofri. Lembrei do meu pai, do seu exemplo, da sua insistência em tornar-me professora, da sua alegria quando recebi meu diploma, das horas em que o ouvia dele, o orgulho de ter uma professora em sua vida. Agora eu olho seus familiares,  junto a vocês e penso: quanto orgulho e sentimento de agradecimento devem estar neste momento acontecendo aqui! Quanta diferença vocês estão fazendo na vida deles e como vocês estão se tornando referência para o mundo!
Obrigada por permitirem a minha presença em suas vidas, obrigada por aceitarem meus desafios e provocações, obrigada por acreditarem em mim, nas minhas aspirações, nos meus ideais, nos meus dilemas... Obrigada por me aconselharem e incentivarem nesta minha caminhada e oferecerem seus corações de amparo às minhas dúvidas. Vocês são geniais e nunca, com certeza nunca esquecer-me-ei de vocês. Nós marcamos nossa vida e assim somos responsáveis um pelo outro, pela nossa história e pelas nossas vontades de sermos os diferentes e íntegros em nossa caminhada.
Hoje sinto uma emoção que poucos podem viver, sou a paraninfa desta turma. Sou uma profissional privilegiada, e isto para mim é uma vitória. Quando me refiro no privilégio, refiro-me ao fato de ter tido a oportunidade de conhecer vocês em suas grandiosidades e circunstâncias.
Sejam pessoas do sim, pessoas de valor, pessoas coerentes com os ideais. Lembrem-se de Deus em todos os momentos, pois somente através Dele vocês conhecerão a ética e a verdade. Peça a Ele sabedoria em suas decisões, pois muitas pessoas dependerão de seu SIM e do seu NÃO. Vocês, em sua jornada, terão que tomar decisões difíceis e às vezes complicadas, mas necessárias, e neste momento somente a sabedoria poderá mostrar o melhor caminho.
Lembrem da sua família, da sua história, dos exemplos que você vivenciou e lhe foi permitido construir. Lembrem-se dos seus professores, da luta pelo conhecimento, da conquista de seus exemplos de vida, da coerência dos seus posicionamentos. Lembrem-se dos seus colegas, companheiros de uma jornada, partícipes das ansiedades e mutações do novo, das dores do conhecimento e aprendizado, das memórias perdidas e construídas pelo desafio do sonho realizado.
Sejam felizes sempre, sejam companheiros e senhores de seu destino, sejam ponderados em suas dúvidas e exigentes com a sua história e principalmente ame a vida e suas vitórias.
Vocês estão prontos para conquistar seus sonhos e aceitar os desafios como algo natural e certo em suas vidas. Despeço de vocês com o calor da saudade, com a eternidade do conhecimento, com a certeza da dúvida, com a ansiedade da vitória e a coerência da complexidade que somos por sermos humanos e sonhadores.
Muito obrigada!
Profa. Msc. Maria Lúcia Batista Conrado Martins
Universidade Paulista – Jurunas - Belém