É interessante como pensar estrategicamente uma empresa nos faz refletir de maneira mais ampla nosso trabalho e o valor das pessoas. Sou professora do Curso de Administração, com a Disciplina Administração Estratégica, 8º semestre. Estamos construindo uma análise do ambiente mercadológico de uma empresa de Concreto. Para poder construir a matriz SWOT é preciso antes de tudo saber qual é o negócio da empresa. Aqui a confusão começa que para entendê-la é necessário entender mais do produto, do ramo ou da categoria em que se enquadra a empresa
Qual é o negócio de uma empresa de Concreto? Qual é o seu mercado? Em que categoria se enquadra? Quais são os seus produtos? Qual é a ligação entre as três questões aqui levantadas? Estas são perguntas que precisam ser respondidas para que se entenda qual é o negócio de uma empresa. Tenho lido e estudado várias missões descritas por empresas de pequeno até grande porte, e muitas vezes, percebo a confusão em que ela se encontra. Confundem produtos com negócios. Isto é muito perigoso. É como restringir a empresa a uma produção, o que é limitador. É uma pena, pois não entendendo o CORE COMPETENCE fica comprometida e simplista a visão da empresa. Daí o desenho do perfil dos colaboradores da empresa fica limitante e empobrecida. Como então manter no mercado, quando não se tem ideia de que profissional se precisa para manter, desenvolver ou fazer a empresa crescer?
É fascinante como esta turma de administração empresarial tem buscado informações para entender o negócio desta empresa. Estudou seus produtos, seu ramo, sua categoria e, entendedores de mercado, tornam leitores de empresas. Uma turma pronta para o mercado. O desafio está sendo vencido e as respostas estão sendo consolidadas e com certeza ao informarmos a esta empresa qual é o seu negócio, a leitura estratégica de suas ações tornará mais consistente e com alavancagem em todos os setores.
A Gurgel, fabricante de veículos, definia seu escopo como: “construir e comercializar veículos 100% nacionais com qualidade, alto rendimento e baixo custo”. A obsessão do empresário com a missão e visão estipulada o impediu de aceitar associações com o capital estrangeiro, e o avassalador processo de internacionalização inviabilizou a empresa, que deixou de operar, mesmo tendo alguns lançamentos de sucesso, como por exemplo, o jipe Xavante.
Pergunto se o erro estratégico da Gurgel não foi à falta de entendimento do seu próprio negócio. Fabricar um produto 100% nacional não significa deixar de consolidar seu capital. São considerações como esta que precisamos pensar ao analisar e compor estrategicamente uma empresa. Ao ler o livro ESTRATÉGIA EMPRESARIAL – TENDÊNCIA E DESAFIOS, e analisando os estudos de casos nele descritos, sua fundamentação teórica, obra que indico para os Administradores e Gestores de RH, vejo que deveriam ter como base de estudo para dar sustentação teórica às empresas.
Pense: Qual é o negócio da sua empresa? Investigue, analise e apresente a sua empresa. Ela com certeza vai crescer com a sua contribuição.
Maria Lúcia Batista Conrado Martins
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