sábado, 19 de novembro de 2011

Avaliação de 360º Graus – Um caminho que pode dar certo


Muito se tem discutido e analisado metodologias de avaliação de desempenho que mais se produzem resultados nas empresas. Grande parte das empresas ainda se postula em métodos tradicionais de avaliação de desempenho, por não encontrarem formas e ações de sustentação para que realmente tenham resultados satisfatórios.
Para consolidar um modelo cooperativo entre empresas e funcionários é necessária a construção de uma via de mão dupla, na qual ganham a empresa e os funcionários. Novas técnicas de avaliação surgiram, como, por exemplo, a avaliação 360º graus, cujas idéias são a de que, além da avaliação tradicional do subordinado pelo seu líder, que este também avalie o líder, e a de que os funcionários façam avaliações recíprocas. A principal novidade do método é a de propiciar a oportunidade de o subordinado avaliar o líder, cuja finalidade é a de que os líderes possam elaborar um plano de melhorias para suprir suas deficiências. A avaliação de “cima para baixo” ou as avaliações “laterais” não contêm novidades, são feitas conforme modelos apresentados nas avaliações tradicionais e individuais. Na avaliação de “baixo para cima” os fatores tradicionais de avaliação são substituídos por questões voltadas à forma como líder conduz sua equipe.
O método é interessante apesar dos constrangimentos que a avaliação possa provocar ao funcionário que deve avaliar seu líder ou pares. Mas o maior incômodo dessa inovação é o fato de que o conceito permanece igual ao das avaliações tradicionais, por fatores cujo foco é no desempenho individual, sem conexões com os resultados globais de organização e sujeito, portanto, aos mesmos efeitos narrados anteriormente.
Mas afinal o que é a Avaliação de Desempenho de 360º Graus?  É um método que consiste em avaliar o desempenho dos colaboradores, através de uma rede de feedback, envolvendo as pessoas que fazem parte do seu círculo de atuação, possibilitando a visão da sua performance sob diferentes ângulos (visão dos superiores, pares, subordinados, clientes e fornecedores).  Para entendê-la ainda melhor alguns objetivos podem ser expressos e elencados:
Objetivos da avaliação 360 graus:
Estabelecer, de maneira clara, o que é esperado de cada colaborador, com base na descrição e na análise do cargo que o profissional ocupa;
Dotar o colaborador de um esquema de acompanhamento e aconselhamento, onde ele terá a oportunidade de conhecer seus pontos fortes e fracos, reforçando seu bom desempenho e procurando corrigir suas deficiências;
Elaborar planos de ação para os colaboradores que apresentam desempenho insatisfatório;
Estabelecer metas e novas conquistas com base nos objetivos organizacionais;
 Detectar os colaboradores que estão desenquadrados em suas funções, e que têm necessidade de readaptação e ou job rotation;
Indicar necessidades de treinamento e/ou aperfeiçoamento em determinadas áreas de trabalho.
A avaliação do desempenho 360º refere-se ao contexto geral que envolve cada pessoa. Trata-se de uma avaliação que é feita de modo circular por todos os elementos que mantêm alguma forma de integração com o avaliado. Assim, participam da avaliação superior, os colegas e pares, os subordinados, os clientes internos e externos, os fornecedores e todas as pessoas que giram em torno do avaliado, com uma abrangência de 360º. É uma forma mais rica de avaliação, pelo fato de produzir diferentes informações vindas de todos os lados. A avaliação 360ª proporciona condições para que o funcionário se adapte e se ajuste às várias e diferentes demandas que recebe de seu contexto de trabalho ou de seus diferentes parceiros. O avaliado, contudo, fica na passarela sob os olhos de todos, o que não é nada fácil. Ele pode tornar-se vulnerável, se não for bem preparado ou não tiver a mente aberta e receptiva para esse tipo de avaliação ampla e envolvente.
Com o intuito de melhorar a empresa, os empresários necessitam das soluções criativas das pessoas, e, para manutenção de seus empregos, as pessoas percebem que a única saída é a empresa ser bem-sucedida; para isso, a cooperação entre as partes é fundamental. O antagonismo sendo substituído pela cooperação! É necessário que haja, por parte da direção/alta gerência, a atenção para que as relações entre a empresa e os colaboradores não sobreponha aos instrumentos de gestão adotados pela organização. Essa é uma das razões da ineficácia do 360º Graus em várias empresas. Cuidado!

                    Aos interessados, a sugestão é que façam uma avaliação criteriosa deste instrumento antes de optarem pela implantação, considerando as necessidades específicas da sua organização. Assim, poderão optar pelo modelo que traduz, efetivamente, a forma de gestão que atenda aos requisitos da competitividade mercadológicas da empresa, sem ter como parâmetros os modismos. Aproveitem o momento estimulador para a valorização e desenvolvimento do capital humano dentro do contexto característico da sua empresa e sucesso.
Maria Lúcia Batista Conrado Martins

2 comentários:

  1. Parabéns pelo texto, acredito que essa seja uma forma de gestão de produtividade que uma empresa pode ter, haja vista, que com base na avaliação 360º as lideranças podem ter conhecimento de toda a performance da empresa. Desta forma encontra-se uma medida salutar de superar as dificuldades e avançar em busca de desenvolvimento e melhores faturamento das empresas.

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  2. Copia do livro de Pontes. "A principal novidade do método é a de propiciar a oportunidade de o subordinado avaliar o líder, cuja finalidade é a de que os líderes possam elaborar um plano de melhorias para suprir suas deficiências"

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