domingo, 20 de novembro de 2011

Ética - Uma questão de liberdade


Ainda quero insistir no tema ÉTICA porque não há como não deixar de falar sobre ela. Seja no Reality Show, em entrevista, como aconteceu ontem no programa apresentado por João Dória Júnior.  Aqui convém fazer dois esclarecimentos a respeito da liberdade:
1.   NÃO SOMO LIVRES PARA ESCOLHER O QUE NOS ACONTECE (termos nascido num determinado dia, de determinados pais, num determinado país, termos um câncer ou sermos atropelados por um carro, sermos feios ou bonitos,...) mas livres para responder ao que nos acontece de um ou outro modo (obedecer ou nos rebelar, ser prudentes ou temerários, vingativos ou resignados, vestir-nos na moda ou nos fantasiar de urso das cavernas...).
2.   SERMOS LIVRES PARA TENTAR ALGO NÃO SIGNIFICA CONSEGUI-LO INFALIVELMENTE. A liberdade (que consiste em escolher dentro do possível) não é o mesmo que a onipotência (que seria conseguir sempre o que se quer, mesmo parecendo impossível). Por isso, quanto maior for nossa capacidade de ação, melhores resultados poderemos obter de nossa liberdade. Sou livre para querer subir o Monte Everest, mas, em vista do meu estado físico e de preparo nulo para o alpinismo, é praticamente impossível que eu consiga meu objetivo. Em compensação, sou livre para ler ou não ler, mas aprendi a ler quando pequeno, não será difícil fazê-lo se assim eu decidir. Há coisas que dependem da minha vontade (e isso é ser livre), mas nem tudo depende de minha vontade (senão eu seria onipotente), pois no mundo há muitas outras vontades e muitas outras necessidades que não controlo conforme meu gosto. Se eu não conhecer a mim mesmo e ao mundo em que vivo, minha liberdade às vezes irá esbarrar com o necessário. Mas – isso é importante – nem por isso deixarei de ser livre... Mesmo que me queime.
Na realidade, existem muitas forças que limitam nossa liberdade, desde terremotos a doenças... Mas nossa liberdade também é uma força no mundo, nossa força. No entanto, se você conversar com as pessoas verá que a maioria tem muito mais consciência do que limita sua liberdade do que da própria liberdade. Muita gente lhe dirá: “Liberdade? Mas de que liberdade você está falando? Como podemos ser livres se nos fazem a cabeça através da televisão, se os governantes nos enganam e nos manipulam, se os terroristas nos ameaçam, se as drogas nos escravizam e se, além de tudo, não tenho dinheiro para comprar um carro, que é o que eu desejaria?” Se você prestar um pouco de atenção verá que aqueles que falam assim parecem estar queixando, mas, na verdade, estão muito satisfeitos por saber que não são livres. No fundo, eles pensam: “Ufa! Que peso tirou de cima de nós! Como não somos livres, não podemos ter a culpa de nada que nos aconteça...” Mas tenho certeza de que ninguém acredita de verdade que não é livre, ninguém aceita tranqüilamente que funciona como um mecanismo inexorável de relógio ou de uma térmita. Podemos achar que optar livremente por certas coisas em certas circunstâncias é muito difícil (entrar numa casa em chamas para salvar uma criança, por exemplo, ou enfrentar um tirano com firmeza) e que é melhor dizer que não há liberdade para não reconhecermos que preferimos livremente o mais fácil, ou seja, esperar os bombeiros ou lamber as botas de quem está pisando em nosso pescoço. Mas em nossas entranhas alguma coisa insiste em dizer: “Se você quisesse...”
Quando alguém insistir em negar que nós, seres humano, somos livres, aconselho-o a aplicar a essa pessoa a prova do filosofo romano. Na Antiguidade, um filósofo romano discutia com um amigo que negava a liberdade humana e afirmava que todos os homens não têm outro remédio senão fazer o que fazem. O filósofo pegou sua bengala e começou a golpear o amigo com toda a força. “Pare, chega, não me bata mais!”, dizia o outro. E o filósofo, sem parar de espancá-lo, continuou argumentando: “Você não está dizendo que não sou livre e que não posso evitar fazer o que faço? Pois então não gaste saliva pedindo para parar: sou automático.” Enquanto o amigo não reconheceu que o filósofo podia livremente deixar de golpeá-lo, o filósofo não suspendeu as bengaladas. A prova é boa, mas você só deve utilizá-lo em caso extremo e sempre com amigos que não pratiquem artes marciais...
Como podemos inventar e escolher podemos nos enganar, o que não acontece com os castores, as abelhas e as térmitas. De modo que parece prudente atentarmos bem para o que fazemos, procurando adquirir um certo saber-viver que nos permita acertar. Esse saber-viver, ou a arte de viver, se você preferir, é o que se chama ÉTICA.
Maria Lúcia Batista Conrado Martins

4 comentários:

  1. OLA PROFESSORA. MARIA LUCIA BATISTA CONRADO MARTINS,SOU EU DINONO SEU ALUNO.FLAVIO JOAO ALVES PEREIRA DO CURSO DE ADM DA UNIP,PERGUNTO PARA A SENHORA HOUVE PLANEJAMENTO DA SUA PARTE QUAL FOI OPERACIONAL,TATICO,OU EXTRATEGICO.SE TINHA A MISAO DE TRAZER APENAS O JORNALZINHO PARABENS A SENHORA CONSEGUIU,SE NAO FALTOU EXTRATEGIA. NAO QUERO ALFENDER, SOU FAN DA TUA SABEDORIA,FIQUE COM DEUS.

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  2. professora maria lucia batista conrado martins,com relacao a sindromi do nihho vazio a senhora tem razao e triste e almesmo tempo feliz,tenho um filho chamado. wilame monteiro pereira de tres aninhos minha vida trabalho e estudo para dar uma educacao que nao tive,e o que posso deixa de melhor para a sua vida toda o conhecimento,com ele podera conseguir todo que quiser de bem materisl para o seu conforto, filho amote.

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  3. professora maria lucia batista conrado martins,com relacao a sindromi do nihho vazio a senhora tem razao e triste e almesmo tempo feliz,tenho um filho chamado. wilame monteiro pereira de tres aninhos minha vida trabalho e estudo para dar uma educacao que nao tive,e o que posso deixa de melhor para a sua vida toda o conhecimento,com ele podera conseguir todo que quiser de bem material para o seu conforto, filho amote.

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  4. OLA PROFESSORA. MARIA LUCIA BATISTA CONRADO MARTINS,SOU EU DINOVO SEU ALUNO.FLAVIO JOAO ALVES PEREIRA DO CURSO DE ADM DA UNIP,PERGUNTO PARA A SENHORA HOUVE PLANEJAMENTO DA SUA PARTE QUAL FOI OPERACIONAL,TATICO,OU EXTRATEGICO.SE TINHA A MISAO DE TRAZER APENAS O JORNALZINHO PARABENS A SENHORA CONSEGUIU,SE NAO FALTOU EXTRATEGIA. NAO QUERO ALFENDER, SOU FAN DA TUA SABEDORIA,FIQUE COM DEUS.

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