Acompanhei toda a trajetória da aprovação da lei da FICHA LIMPA, que por alguns momentos pensei que não seria validada. O Brasil parou para entender as reações, proposições e atitudes de nossos representantes e senhores da lei. Enfim foram sete votos a favor e quatro contra. Confesso que parei para pensar sobre o motivo pelo qual ainda alguns políticos insistem em defender ações inadequadas ao seu poder, mesmo sob a base do princípio da não culpabilidade. Mas precisamos pensar e refletir sobre o contexto político e ético do nosso mundo. E é para isto que me propus a escrever.
Numa democracia todos nós somos políticos, diretamente ou através da representação dos outros. O mais provável é que os políticos sejam muito parecidos conosco, com quem vota neles, talvez até demais; se fossem muito diferentes de nós, muito piores ou exageradamente melhores que o resto, certamente não os escolheríamos para nos representar no governo. Só os governantes que não chegam ao poder por meio de eleições gerais (como os ditadores, os líderes religiosos ou os reis) baseiam seu prestígio em serem considerados diferentes dos homens comuns. Como são diferentes dos outros (por sua força, por sua inspiração divina, pela família a que pertencem, ou seja, lá o que for) considerando-se com o direito de mandar sem se submeterem às urnas nem ouvirem a opinião de cada um de seus concidadãos. Afirmarão muito seriamente que o “verdadeiro” povo está com eles, que a “rua” os apóia com tanto entusiasmo que nem é necessário contar seus partidários para saber se são muitos ou um pouco menos.
Por outro lado, os que desejam obter seus cargos por via eleitoral tentam apresentar-se ao público como homens comuns, muito “humanos”, com os mesmo gostos, problemas e até pequenos vícios da maioria de cujo referendo eles precisam para governar. É claro que oferecem idéias para melhorar a gestão da sociedade e consideram-se capazes de colocá-las em prática com competência, mas são idéias que qualquer um deve poder compreender e discutir; do mesmo modo, também são obrigados a aceitar a possibilidade de serem substituídos em seus cargos se não se mostrarem tão competentes quanto afirmaram ou tão honrados quanto pareciam.
Entre esses políticos deve haver alguns muito decentes e outros descarados e aproveitadores como acontecem entre professores, bombeiros, jogadores de futebol ou pessoas de qualquer ofício.
Quem deseja vida boa par si mesmo, de acordo com o projeto ético, também deve desejar que a comunidade política dos homens se baseie na liberdade, na justiça e na assistência. A democracia moderna tentou, ao longo dos últimos séculos, estabelecerem (primeiro na teoria e pouco a pouco na prática) essas exigências mínimas que a sociedade política deve cumprir: são os chamados DIREITOS HUMANOS, cuja lista ainda hoje, para nossa vergonha coletiva, é um catálogo de bons propósitos, mais do que de conquistas efetivas. Insistir em reivindicá-lo integralmente, em todos os lugares e para todos – e não apenas alguns - contínua sendo a única empreitada política que a ética não pode ignorar.
Ao passo que, quanto ao rótulo que você vai ostentar na camisa, se é de “direita”, de “esquerda”, de “centro”, ou seja, lá o que for... Não importa. São meras nomenclaturas que não podem ficar acima da felicidade e da honradez. Não é hora de se perguntar de que lado está, mas se a ética está norteando suas decisões. Estes quatro votos contra a ficha limpa depõem contra nossa sensibilidade e coerência.
Termino com um pequeno trecho de Montesquieu que considero espetacular:
“Se eu soubesse algo que me fosse útil e que fosse prejudicial à minha família, expulsá-lo-ia de meu espírito. Se eu soubesse algo útil à minha família que não o fosse à minha pátria, tentaria esquecê-lo. Se eu soubesse algo útil à minha pátria que fosse prejudicial à Europa, ou que fosse útil à Europa, e prejudicial ao gênero humano, considerá-lo-ia um crime, pois sou necessariamente homem, ao passo que sou francês por mera casualidade.”
Maria Lúcia Batista Conrado Martins
Olá Professora Maria Lúcia Batista Conrado Martins, sou Pedro Santana Gonçalves dos Santos Paes, aluno do 6º Semestre do Curso de Administração da Universidade Paulista, turno noite, Sala 02, gostei da Reflexão sobre Políticos e Políticas, apenas com o intuito apenas de ilustrar a sua reflexão onde diz que 04 nomeados membros do Supremo Tribunal Federal - STF, votaram contra a Ficha Limpa, vem nus mostrar que algo de errado está acontecendo, primeiro por nossas Leis ta estremamente capengas e ultrapassada, por isso é que a Corte se manifesta assim, pos todos devidos e capazes se norteiam conforme seus basamentos juridicos, concordo também está faltando uma reformulação em nossas Leis, mas como mesmo a Srª falou que não só na Politicas como em outros setores de nossa sociedade existem os bons e maus, é que bato em uma tc se nós como sociedade, tomasse consciência de que para termos uma Sociedade Justa e igualitária, deveremos votar em candidatos que possa nus representar e não apenas vendermos nosso voto, por cestas básicas,e etc...., so assim nos possamos cobrar de frente, sem mascara, pos se existem politicos assim é porque ainda eles conseguem nus comprar e assim não teremos o direito de cobrar nada, espero que entenda o meu pensamento, parabéns pelo blog, pós assim a Srª abre um canal para alem da sala de aula, tambem colocarmos nossas ideias, pensamento e etc.... Parabéns Professora.
ResponderExcluirÉ preciso pensar e agir em nosso entorno e com isto transformar a sociedade mais justa e capaz de nos mostrar segurança e sensatez. É preciso pensar em nossa família, em nossos atos e em nossas decisões. Com isto poderemos analisar que muito daquilo que criticamos, o fazemos. Acredito na força daqueles que questionam e fazem acontecer.
ExcluirProfessora Maria Lúcia Batista Conrado Martins, sou seu aluno, sou policial Militar (CB LUIS ANTONIO), aluno do 6º semestre de administração da Universidade Paulista. Com a aprovação da lei de FICHA LIMPA, espero que a população Brasileira,vote realmente em candidatos sérios e que sejam comprometidos com a verdade ou seja,hoje o que se vê infelizmente é a troca de votos por favores, cestas básicas etc,devemos nos conscientizar que os políticos existem para promover o bem comum e criar projetos que visam e venham melhorar a vida da população Brasileira, fazendo jus os impostos que pagamos, por uma vida mais digna.Eles devem se interagir e deixar de lado os interesses partidários que muitas vezes, prejudicam votações de projetos de leis importantes para a população,como por exemplo:O partido de oposição cria um projeto de lei que vai beneficiar uma coletividade de indivíduos, vem a base aliada e vota contra, só por que o partido é de oposição, o que esta em jogo não é o partido e sim os benefícios que o projeto vai trazer para aquela coletividade, isso chega ser mesquinho e fútil,a unidade nessa hora é fundamental, para que todos possam ganhar com isso, principalmente a população,devemos eleger políticos sérios e voltados para o social.Parabéns Professora.
ResponderExcluirConcordo totalmente mas é necessário aproximarmos estas discussões para dentro de nossas casas, da nossa sala de aula, dos encontros de com nossos amigos, por meio da análise de nossos atos e decisões. Somente assim poderemos pensar em transformações.
Excluirola pfofessora maria lucia batista conrado martins sou seu aluno do sexto perildo de adm. da universidade paulista,FLAVIO JOAO ALVES PEREIRA e encarregado de estoque da empresa pereira auto pecas a mais completa de cidade (91)32143000.
ResponderExcluirbom com relacao a politica nada contra, pois comemos e repiramos ela. ou seja vivemos 24 hs por dia e 7 dias por semana.
e os politicos ai sim.os quatro que votaram contra sao as nosas vergonhas e o que ha de pior,como em todas as profissoes,pois devem ser espulsos e serem obrigados a nascerem dinovo,porque eles nao sabem o que e integridade.
e os que votaram a fovor,estis estao de parabens pois sao sabios, excelentes profissionais e orgulho de todos nos brasileiros integros.
A discussão sobre decisões e razões que levaram a escolha do posicionamento da justiça em relação a Ficha LImpa só nos remete a pensar que esta complascência se inicia em casa, na escola, nas ruas, entre amigos. Somos complascentes com os erros e com a injustiça. Eles somente nos representaram.
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